segunda-feira, 30 de julho de 2012

Medo!

Me sinto só...

Mas acho que sempre fui.
"... dizem que a solidão até que me cai bem..."

Sempre tentando contrariar suas reais vontades
Sempre fugindo de depender
Mas vejo que na verdade você foge pra se proteger
De quê e de quem ainda não sei...
talvez de você mesmo.

Quer ser independente
Mostra-se autossuficiente
Mas eu te vejo como realmente é
e na verdade você só quer colo
só quer se sentir seguro
mesmo acreditando que a segurança não existe...

Trava uma briga contra você mesmo.
Quando vou te ver relaxar?
Sempre tenso.

Fico com medo dos dias passarem e você não conseguir se encontrar...
sempre incompleto....


domingo, 22 de julho de 2012

Abriu os olhos...

Não que eu tivesse visto ela de olhos fechados...
mas é como se eu estivesse no modo automático.

Não consigo explicar como e nem porque isso aconteceu
mas acho que foi consequência da queda.
(o fato dela ter ficado tanto tempo 'em coma')
É comum uma amnésia ou um coma quando uma queda muito grande ocorre...


O que a fez acordar?
Poderia ter sido um filme, um livro, uma perda...
Todas essas coisas nos fazem ver o mundo de maneira diferente e de repente acordarmos de uma situação impensada...
Um filme ou um livro que nos fazem questionar o modo como levamos a vida ou o modo como aceitamos coisas inaceitáveis...
Uma perda que muitas vezes nos faz valorizar o que tínhamos e que em alguns casos, alguém que não teremos por perto nunca mais.

Engraçado como a morte nos faz pensar na vida...

Mas no caso dela não foi um livro, nem um filme e nem a morte... foi uma conversa inicialmente.
E aí entendo porque ela gosta tanto de conversar... é como se isso pra ela significasse viver...
... e é viver né... crescer... trocar...

Só que essa conversa foi mais que um livro, um filme ou uma perda... fez ela ver a vida que tava levando... e fez ela pensar no que ela espera das pessoas e das coisas...
Claro que esperar é algo burro... mas existe uma expectativa mínima... afinal, somos seres humanos... e relações altruístas vemos quando o laço afetivo é materno.

O que importa aqui é que toda aquela conversa fez ela ver que existe mais do que ela pode ver... e que independente de quem seja a pessoa que pode superar as expectativas dela, alguém um dia superará e ela não deve desistir e se acomodar...


Mas penso se ela não foi longe demais com essa história de procurar mais e mais e mais...

Isso é algo que só o tempo pode mostrar... mas acho válido tentar... mudar... não se acomodar...

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Jardins...


"...pensei sobre se cansar de escolher...
eu acho que é ai que as pessoas começam a aceitar coisas...
Você projeta um jardim, os tipos de flores, a disposição delas, a cor delas, onde vc vai colocar o caminho de pedra, etc.
Você espera as plantas nascerem e não vai ser como vc planejou.
Mas isso tira a beleza do jardim?
Quando é a hora de arrancar e replantar e quando é a hora de ver a beleza no inesperado... ou na "não perfeiçao"?..."

Sempre projetei meus jardins e normalmente eles não crescem do jeito que eu espero, mas quando eu decido arrancar tudo é que eu vejo que a beleza não é a perfeição é na verdade muito diferente disso. E vejo que o que eu achava que estava bom pra mim, aquele jardim, não era o suficiente.
Isso não significa que eu espere um jardim perfeito, eu sei que não existe perfeição... 
Apenas espero um jardim que traga algumas borboletas do tipo que me fazem sorrir, do tipo que me fazem olhar pra elas e ficar tão alegre que respirar fundo parece que faz faltar o ar.

A vida não está nada próximo de tranquila ou serena... mas as perspectivas de mudanças trazem felicidade e otimismo... 

Coisas da minha essência tem me chamado já faz algum tempo e eu insisto em ignorar... mas parece que quando as coisas são essência ignorá-las significa apenas adiar, ela vai te incomodar até que você as veja e dê a devida atenção ao que está lhe tirando a atenção.

Existem pessoas que são realmente especiais, não pela posição que elas ocupam na sua vida mas pelo modo como elas nos fazem enxergar o mundo.

E nunca as palavras de Clarice me fizeram tanto sentido... "Sinto falta... como se me faltasse um dente na frente..." inclusive a continuação!