Haverá mais um retorno a partir daqui?
Não era o que queríamos? Tudo vai ruir!
Pensei não existir nada além daqui
Me tornei estável sem estar bem
Pensava em engordar e envelhecer
Quando nos encontramos em nós
Em vida, viver, aqui!
Sentirei falta de todos vocês
Sabíamos que tudo tem um fim
Seremos homens melhores onde estivemos
O mundo é que está errado!
E o mundo já foi salvo, e tudo já mudou.
O que mais por vir? Vivos, nos resta viver!
Sim, a vida é maior que nós. O que me importa se já
tenho vocês e a mim?
Se não podemos estar juntos e parar
Me sentarei sozinho e farei um brinde a vocês!
Bem-vindo ao clube!
Celebrar o fim. Seja feliz!
Bem-vindo ao clube!
É tudo e é agora
Toda intensidade que sempre quis!
Tudo que quis! Tudo que quis!
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Sobre conquistar, mudar e talvez se arrepender..
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
você e eu...
me disseram um dia que se quisesse motivos pra chorar... choraria o dia inteiro.
e essa angustia? será que é a pressão?
sinto que não vejo, mesmo tendo olhos.
viver! qual a minha concepção de viver?
qual a sua?
por que adiantar as coisas? ou é certo adiantar se ja sei o fim?
sinto como se estivesse congelando... almas congelam?
vc precisa encontrar ela... procura por dentro!
Vou sorrir!
Vou chorar!
Vou saber!
Entender!
Almas definitivamente não congelam!
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
"...não questiono se há amor ou não, só respeite um pouco minha dor..."
Hoje somos jovens num mundo onde todos querem ser jovens.
Num mundo onde ter 30 anos, ser solteiro, usar bermuda e camiseta (ou mini saia e regata) é legal.
isso é liberdade!
liberdade de envelhecer quando eu quiser.
de parecer ridículo por querer aparentar menos do que eu tenho.
liberdade de beijar quem eu quiser, na frente de quem eu quiser.
nao preciso respeitar ninguém, afinal, quem me respeita?
liberdade de magoar, de machucar, e sem pensar (porque se eu ficar me privando pra não te magoar, vou perder minha liberdade).
e essa liberdade esta fazendo as pessoas se perderem...
perderem amigos, perderem a noção, perderem a pose, perderem...
liberdade as vezes chamada de sinceridade (o fato de eu te avisar supõe que você tenha menos dor ao ver).
E aquela história de que a sua liberdade termina onde começa a minha, será que é verdade? as pessoas pensam nisso antes de exercerem suas liberdades?
as vezes acho que sou conservadora demais para esse mundo tão livre.
"Liberdade em sua prisão, seu limite me apavora..."
e assim vemos os anos passando, sem aceitar...
quem sabe um dia envelheceremos... e talvez tenhamos magoado pessoas o bastante para nos sentirmos mal. Mas espero que algo tenha mudado até então.
domingo, 3 de agosto de 2008
Pensar incomoda...
"Eu nunca guardei rebanhos, Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor, Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação, Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada Como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada, os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes, porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes, seriam alegres e contentes.
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.
E se desejo às vezes
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita cousa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol,
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.
Quando me sento a escrever versos
Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
No cimo dum outeiro,
Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas idéias,
Ou olhando para as minhas idéias e vendo o meu rebanho,
E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se diz
E quer fingir que compreende.
Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro.
Saúdo-os e desejo-lhes sol,
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predileta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer cousa natural —
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado." (Alberto Caeiro)

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